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CONSTRUINDO AUTORRESPEITO!

Desde pequeno somos educados a respeitar as pessoas, principalmente os mais velhos. Seguimos inúmeras regras sociais e familiares que dizem o que deve e o que não é permitido fazer. Mesmo crianças que foram criadas sem limites, sendo permitido fazer o que querem, aprendem em um momento da vida a respeitar. Podem até não respeitar todo mundo, (e é o que vemos infelizmente com frequência acontecer) mas acabam respeitando, alguns por medo outros para pertencer em determinado grupo.


Como grande número de pessoas são criadas com a crença de que devem fazer o possível ao próximo, a maioria acaba fazendo ou tentando fazer o impossível. Isso se deve ao desejo de todo ser humano querer ser aceito pelos outros, começando pela família ou grupo pelo qual foi criado. Depois vai crescendo e buscando a aceitação em grupos de amigos, em relações amorosas e assim por diante...


Não que o respeito ao próximo não seja importante, pelo contrário, acredito que se houvesse mais respeito entre as pessoas o mundo seria melhor. O fator complicador está em respeitar os outros e se desrespeitar. Muitas dificuldades psicológicas têm como base o desgaste que ocasiona desânimo pela vida, por fazer tudo pelo outro, esquecendo de si mesmo.


É evidente que quem faz algo espera nem que seja no íntimo ser reconhecido e aceito. Para muitos é melhor ser referenciado como alguém “bonzinho”, do que como um sujeito sincero e que sabe colocar limite. Se respeitar não é menosprezar o outro ou usurpar as pessoas para obter benefícios. Alguns se justificam em atitudes pouco dignas, apresentando como desculpa que são merecedoras de tal situação de lucro somente para elas.


Tem pessoas que sentem demasiadamente pouco merecedoras de respeito que passam como rolo compressor em si mesma, para fazer algo pelo outro, que às vezes nem solicitou ajuda. O autorrespeito não é encontrado, e sim construído. Enquanto a própria pessoa não se respeita, às demais pessoas não a respeitarão. Nas relações um faz com o outro o que este permite.


Autorrespeito é se conhecer nos seus gostos e limites. Ele é um processo gradativo que, com as ações do dia a dia, alcança mais força e o resultado é sempre positivo, pois proporciona autoconhecimento. É colocar limites em si e nos outros quando julgar necessário. O termômetro para saber se está respeitando o outro e se abusando é quando você faz algo que contraria sua vontade interna ou valores que você julga ser fundamentais a você.



Muitas pessoas que estão no processo de colocar limites e aprender a se respeitar, deparam com o medo de rejeição e abandono pelos demais. O que de fato é uma fantasia. Respeitar a si mesmo não significa que os outros irão se afastar, representa o contrário, relações mais expressivas e maduras.


Se respeitar não é ser egoísta e nada fazer pelos os outros. Mas é não perder sua essência, quem você realmente é para ser aceito ou apreciado pelos outros. O respeito próprio começa nas pequenas ações, tal como realizar atividades que gosta fazer pelo outro o que está ao seu alcance, esperar que te peçam um favor e não fazer antes de ser solicitado. Ser menos exigente consigo mesmo.


Na maioria das vezes quem não se respeita, encontra diversas justificativas para as falhas dos outros, mas não compreende as próprias falhas. Sem autorrespeito a pessoa se torna carrasco de si mesma.


Paz e Luz!


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