CONSTRUINDO UMA RELAÇÃO MADURA ENTRE PAIS E FILHOS
- Jiham Souki
- 26 de set. de 2023
- 2 min de leitura
A relação entre pais e filhos adultos é tão importante quanto à relação entre pais e seus filhos pequenos.
Nessa etapa não somente o pai e a mãe, como também o filho tem possibilidade de reconstruir um elo harmonioso e afeto, que refletirá nos filhos dos filhos ,sendo transmitido de geração a geração.
Quando as dificuldades na relação são resolvidas e superadas a caminhada torna-se mais leve para ambos.
Muitas relações parentais são constituídas de mágoas de ambas as partes, frustrações, e sentimentos não expressos.

Fatos relatados são ditos como se o episódio tivesse acontecido há dias. Quando busca dados da história nota-se em diversos casos que aconteceu há anos.
Mas a ferida ainda continua aberta,gerando o distanciamento emocional de pais e filhos.Sempre um dos dois ficam na expectativa de que o outro mude,ou perdem a esperança de que um dia seja possível o bom convívio.
Mesmo quando a queixa relatada não tem aparentemente nada a ver com a família de origem, em determinado momento, sai do baú emocional sentimentos ambivalentes referentes aos pais.
Enquanto não se busca o conhecimento da história de vida dos pais, não será possível a compreensão de que se estivesse no lugar deles, naquele contexto será que teria feito diferente? São reflexões que mobilizam a uma mudança na qual o objetivo é estar bem com seus pais e consigo, construindo a convivência prazerosa, que significa estar junto por vontade e consciência e não por obrigação.
É sempre mais prático e cômodo ser vítima do que ser responsável. Mas nas relações adultas não há vitima e nem algoz, e sim duas pessoas que são responsáveis pelo êxito ou falência da relação.
É comum vermos pessoas se colocar como “coitadinhas", devido a criação que receberam.
Esquecem de se posicionar como adulto. Para se portar como tal é necessário se responsabilizar pelas próprias escolhas de vida.
Enquanto a lamúria interna permanecer de que foi rejeitado pelos pais, de que eles são poucos afetivos, de que nada compreendem, a pessoa fica aprisionada a relação carregando consigo dor e sofrimento, não se permitindo experimentar outras formas de vida.
Um número considerável de homens e mulheres com filhos adultos, não transpõem a barreira de ressentimento com os próprios pais, tendo, portanto dificuldade de expressar o gostar pelos filhos porque estão presos no que faltou para si.
Para que o distanciamento emocional seja reduzido ou os pais ou filhos tem que dar o primeiro passo. Se há alguém que está no papel de vitima é aconselhável que o outro se manifeste sem agressão e acusação , mas que expresse como se sentiu ou sente quando o pai ou a mãe age de determinada forma -ou vice versa- tem pais que tem maior disponibilidade de reavaliar o que está sendo prejudicial para a relação.
Cada família tem o seu padrão de se comportar.
Às vezes pais e filhos que se julgam tão diferentes, são na realidade mais parecidos do que imaginam,já dizia a música ”Como os nossos pais” de Elis Regina.
A verdade é que pior do que tentar e não ser bem sucedido na primeira tentativa é ver que o tempo não para esperando você se recompor.
Sua Vez!
Sua convivência familiar está integrando os filhos em sua rotina? Ainda não teve um tempo de qualidade com seus filhos?
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